quinta-feira, 1 de maio de 2014

Enviado por: Ubirajara Almeida

A IMPORTÂNCIA DO COLECIONADOR NA DISSEMINAÇÃO DA INFORMAÇÃO

"Jamais imaginei que algo que começou com alguns exemplares de jornais que meu avô, Felipe de Lima Santiago, guardava para mim em seu quarto, chegaria a tal patamar"

Colecionador tem 2.353 livros de futebol


  Para o paulistano José Renato Sátiro Santiago Júnior, 42, só isso não era suficiente, era preciso de uma casa,também pudera! Dono da maior coleção de livros sobre futebol no Brasil, ele guarda 2.353, além de 15.532 revistas e 2.969 jornais, acervo que contempla 46 países. Esse museu particular, de valor inestimável fica em Mairiporã, na Grande São Paulo. Engenheiro e autor de oito livros, José Renato vive na capital, mas se desloca no fim de semana para a residência, onde mantém o arquivo que acumulou em toda a vida. “Já li 70% dos livros”, garante José Renato.  O acervo possui raridades como um livro sobre a Copa Rio Branco de 1932, de Mário Filho, entre os estrangeiros existem produções até em idiomas orientais. Mas o seu xodó é a coleção completa da Gazeta Esportiva, jornal que circulou em São Paulo entre 1947 e 2001. Manter o arquivo na segunda casa é uma forma de driblar a marcação da esposa. “Mulher é o maior inimigo do colecionador”. José Renato é filho de família de origem cearense com forte relação com futebol, fundador do Fortaleza, Alcides Santos foi seu tio avô e fundador do Floresta, um dos times amadores mais tradicionais da capital do Ceará, Felipe Santiago foi seu avô, seis tios foram jogadores com passagens por clubes como Ceará, Fortaleza e América, incluindo Fernando Sátiro, o mais talentoso, que começou no modesto Gentilândia e foi parar no São Paulo.  A ideia de José Renato é transformar o acervo em museu mantido pelo poder público. “No começo do ano contatei vários órgãos de todo o Brasil e não tive qualquer retorno”, lamenta. Por enquanto, o espaço segue fechado a visitação pública. Todo esse amor por futebol acabou herdado naturalmente. Não bastassem os livros, José Renato coleciona ainda 450 camisas de times, compradas exclusivamente em visitas a cidades. “Hoje passo essa paixão para meus sobrinhos”, conta o pesquisador. 
  Para evitar o desgaste provocado pelo tempo, ele conta que os materiais são guardados em plásticos, em local com proteção contra umidade e, principalmente, contra pragas e cupins. Todo esse cuidado com a coleção pode ser explicada por um simples motivo: a paixão pelo futebol. Ele comenta que essa paixão foi introduzida por seu avô Felipe de Lima Santiago.O acervo futebolístico começou em 1980, a partir de seu interesse pelos jornais que o avô guardava: “Durante as férias, eu ficava ao seu lado, separando os ‘cadernos’ que mais me interessavam”.





Recentemente José Renato participou da campanha publicitaria do Banco Itaú "Brasileiros de Coração" veja o vídeo!


Um comentário:

  1. Muito bom o texto. A maioria dos colecionadores é viciado em objetos palpáveis e visuais e como muitas vezes não expõe ao grande publico essas variedades de conhecimento muitas vezes são perdidos. Seria bacana feiras, exposições, atividades em bibliotecas, empresas, financiadas por governos, Ongs e até mesmo parcerias com instituições privadas que pudessem junto com esses colecionadores mostrar ao grande publico a variedade de conhecimento existente em acervos de colecionadores.

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