O Bibliotecário pode atuar como bibliógrafo, biblioteconomista, consultor ou gestor de informação
Sheila Vieira - 13/04/2014
Disponível em: <http://correio.rac.com.br/_conteudo/2014/04/capa/campinas_e_rmc/167578-cai-por-terra-o-estereotipo-do-bibliotecario.html>.
Acesso em: 15 abr. 2014.
Foto:
Cedoc RAC
Figura
introvertida, de óculos dá lugar a profissional dinâmico e aberto aos desafios
da informação.
A
profissão de bibliotecário está mais dinâmica e não se resume apenas a visão
estereotipada da senhorinha de óculos que fica atrás do balcão, encontrando o
livro certo na prateleira certa e pedindo silêncio a todo momento. Embora a
Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) defina o profissional como sendo um
liberal que atua com informação, além de documentalista e analista de
informação, a maior parte das pessoas desconhece que a gestão da informação e
acompanhamento do dinamismo das fontes fazem parte do escopo do profissional de
biblioteconomia.
Unindo a
racionalidade e experiência dos bibliotecários com a capacidade de
desenvolvimento dos profissionais de TI, softwares abrangentes e facilitadores
do processo de pesquisa e seleção de dados, aprimorados para o mercado, mostram
que é perfeitamente possível a interação entre a tecnologia e a atividade na
área da biblioteconomia.
Bibliotecária
há 20 anos, Liliana Giusti Serra atua como profissional da informação em uma
empresa de tecnologia, a Prima, responsável pelo software “Sophia Biblioteca”,
conta que a profissão acompanha as mudanças da explosão da informação desde
outras épocas e não somente como o advento da internet — como a prensa móvel de
Gutenberg, em 1439, até chegarmos em 2004, com a criação da web 2.0 que
facilitou a produção de informação, impondo ao bibliotecário uma mudança nos
critérios de escolha da fonte e confiabilidade da informação. “Com a facilidade
de acesso à informação, ele pode recorrer às fontes padronizadas até outros
canais abertos e seguros”, explica a bibliotecária.
Segundo
Liliana, que está fazendo mestrado em Programa de Pós-graduação em Ciência da
Informação na Universidade de São Paulo, na Escola de Comunicações e Artes
(ECA/USP), os registros antes disponíveis somente em papel hoje estão
acessíveis como documentos on-line, mas essa disponibilidade não substitui o
profissional da área de biblioteconomia, que vai atender a necessidade do
usuário a partir da seleção e agrupamento do máximo de dados necessários para
atender a demanda e no tempo necessário. “A tecnologia deve ser encarada como
uma ferramenta que ajuda o bibliotecário em sua atividade, facilitando a
descrição do acervo e auxiliando no controle do banco de dados”, diz a
bibliotecária. Na visão de Liliana, a tendência das instituições de pesquisa e
centros de documentação e memória é o fortalecimento dos acervos híbridos que
unem a biblioteca física e digital, meios que se complementam. A tecnologia,
segundo ela, entra como um recurso, mas não significa que a informação será
usada indiscriminadamente. Compete ao profissional da área filtrar o conteúdo
pesquisado.
O uso dos
softwares especialmente desenvolvidos para agilizar e facilitar a pesquisa é
uma prática cada vez mais adotada pelas instituições. O “Sophia Biblioteca” é
uma ferramenta robusta que atende desde o acervo de uma empresa até a demanda
da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), com mais de 1,5 milhão de registro no
ar. Outros 400 mil estarão disponíveis até o final do ano.
Segundo
César Antonio Pereira, diretor da Faculdade de Biblioteconomia (FABI) da
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), o profissional tem
excelentes oportunidades no mercado de trabalho, variando desde tradicionais
bibliotecas, centros de informação e documentação, a demandas na expansão de
instituições de Ensino Superior e de escolas técnicas, escritórios de
advocacia, contabilidade e controladoria, ramos que aumentam as oportunidades
do bibliotecário, em razão da necessidade de organização de seus
materiais.
Postado por Felipe Guimarães

Essa profissão além de ser muito bonita! tem excelente oportunidade no mercado de trabalho, acabou - se aquela visão do bibliotecário carrancudo, mau humorado, e que ficava atrás de um balcão.
ResponderExcluirO bibliotecário está se tornando um especialista na área da competência da informação. Neste momento de transformação dos meios de comunicação, faladas e escritas, com a chegada da “era digital", o papel do bibliotecário também está se transformando e se faz necessário acompanhar essas mudanças de forma natural para que se possa preservar a profissão.
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